terça-feira, 7 de julho de 2009

Swing em Aracaju - Festa reúne adeptos à troca de casais





Festa reúne adeptos à troca de casais


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Publicada: 03/08/2008

Texto: Célia Silva/Foto: Alberto Dutra

O erotismo está à flor da pele dos praticantes do swing. A troca de casais está aos poucos deixando o círculo da Internet, onde comumente são acertados os encontros, para ganhar espaço nas festas realizadas com o único propósito de reunir adeptos da prática do swing. Só este ano, já foram promovidas duas festas em Aracaju e mais duas estão na reta de produção. Como numa sociedade secreta, o acesso só é permitido com a indicação de um outro casal praticante. A última delas, realizada em junho, num endereço na região do Mosqueiro, reuniu 40 casais.

“Quando começamos a promover os encontros, há cerca de cinco anos, atraíamos no máximo dez casais. Hoje reunimos entre 30 e até 40”, disseram Sheila e Charles, nomes usados pelo casal pioneiro na realização de festas desse tipo em Aracaju e donos do único site sergipano voltado para esse público. Hoje ela estima que existam em Aracaju cem casais adeptos da prática, mas desses apenas um terço freqüenta os encontros. Os demais buscam casas de swing em outros Estados ou preferem os encontros fortuitos acertados nos sites de relacionamento. O site dela tem mais de 3.500 anúncios de casais de todo o mundo se oferecendo para a prática do swing. São homens e mulheres de todas as idades, embora a faixa predominante hoje varie entre 25 e 35 anos.

Prazer e Ciúme

Não foi Sheila e Charles que promoveram a última festa, mas Beth e Barney (assim são conhecidos no meio), um casal bem jovem que aparenta no máximo 28 anos. Eles adentraram nos rumos do swing há três anos e meio por curiosidade. “Morávamos em Salvador e tínhamos uma amiga que nos falou do assunto. Atiçou a curiosidade e fomos atrás de mais informações na Internet. Criamos um MSN só para isso, até que nos enchemos de coragem e fomos a uma casa de swing em Salvador. Não foi legal. Rolou muito ciúme. Depois, nas próximas, fomos nos soltando”, relatou Beth.

O ciúme também incomodou o casal Sheila e Charles nas primeiras experiências. “Quando você vê pela primeira vez o seu parceiro com outro rola uma mistura de prazer e ciúme. Depois acaba se acostumando, pois como há confiança entre o casal, sabe que aquela relação é apenas para obter prazer, liberar as fantasias e acaba ali, não tem porque ter ciúme”, falou Sheila, uma loira alta de olhos bem azuis. Ela é casada há cinco anos com Charles, um moreno alto, forte e de falas articuladas.

Festas sem lucro

Segundo Sheila e Beth, as festas não têm fim lucrativo, mas visam apenas reunir os adeptos dessa prática sexual. O passaporte do casal custa em média R$ 40, com direito às bebidas e aos frios servidos no local do evento. Nos grandes centros, as festas geralmente são realizadas em casas de swing (Salvador tem três) e nessas o lucro é o objetivo central. “O intuito das festas que fazemos aqui é para promover o encontro dos casais que assim como nós curtem essa opção. É uma espécie de confraternização onde o dinheiro que arrecadamos com a venda dos passaportes serve para custear o aluguel da casa e comprar os comes e bebes”, falou Sheila.

As festas de swing geralmente ocorrem em casas espaçosas e em bairros mais distantes. O endereço onde aconteceu a última só Beth, Barney e os adeptos sabem. Os promotores apenas disseram que foi na região do Mosqueiro. O som geralmente é mecânico e o freezer aberto, sem necessidade de garçons. Eventualmente, contrata-se um garçom “pessoa do meio”, destacou Beth e Barney.

Mas é Sheila e Charles que descrevem o cenário da festa: há um local para dança, onde geralmente alguém, que queira, faz strip-tease, para descontrair o ambiente. Há mesas espalhadas pelas varandas onde os casais conversam abertamente sobre suas fantasias. Acaba que aqueles que têm intimidade e química trocam carícias. Uns ficam só olhando, sentindo prazer em ver o parceiro ou a parceira com outra e há aqueles que se excitam e se iniciam no jogo sexual ali mesmo, no salão. Tem também os quartos, para os que preferem ir para a intimidade e ainda aqueles que preferem aproveitar a noite em um motel. O lugar é um espaço liberado.

Os riscos

Liberação em tempos de Aids é algo perigoso. “Os riscos existem a partir do momento em que eles não se preservam”, disse a sexóloga Nairete Correia. “A gente recomenda o uso do preservativo, mas não podemos obrigar ninguém a usar”, disseram Beth e Barney. “No local das festas, as camisinhas masculinas são espalhadas em vários pontos da casa”, complementou Sheila.

No ambiente onde sexo é liberado e todos podem andar nus, os inconvenientes são comuns, mas nada que não seja facilmente contornado, segundo Sheila e Charles. Isso em Aracaju, onde as festas reúnem apenas gente conhecida e indicada por algum adepto. “Às vezes o cara chega e insiste. Mas basta um olhar de socorro meu para ela ou dela para mim que um vem ao encontro do outro para desfazer o inconveniente”, disse Charles.

O risco de se expor ou de acabar com o relacionamento também não está descartado. Nos encontros acertados através das redes virtuais de relacionamentos o risco da exposição é bem maior, embora nas festas o perigo de encontrar ou de vir a ser reconhecido na rua também está presente. “Eu costumo sempre dizer aos casais que estão iniciando. Se estão em crise, querendo fugir da rotina, nem pensem em fazer o swing. Swing não é válvula de escape ou salvação de casamento de ninguém, muito pelo contrário. Para participar, precisa estar muito seguro e muito bem com o parceiro. Confiar nele e, sobretudo, ter mente aberta”, falou Sheila.

As regras

O evento tem regras. Só entram nas festas casais estáveis. Solteiros, sozinhos ou acompanhados de garotas de programa, jamais. Os casais podem até virem acompanhados de uma mulher, chamada no meio de Pookemoa. Já um acompanhante do sexo masculino, nunca! “As mulheres são mais cautelosas, não vão sair comentando o que fizeram ou o que aconteceu. Já o homem, não, geralmente não tem esse escrúpulo e pode sair falando”, explicou Charles.
Para poder participar da festa, é preciso ser indicado por um casal que já é do meio. Mas, há um jeitinho de escapar dessa regra. “Se uma pessoa liga querendo participar, a gente conversa muito, até marca um encontro, e como já estamos no meio há um bom tempo dá para saber se são casados, se têm uma relação estável ou se é alguém querendo ir levando uma garota de programa. A gente percebe. Se for solteiro e quer ir com uma namorada nova, sem estar seguro de que é isso que quer, não entra”, falou Sheila.

Swings são encontros secretos e planejados

Quando se fala em swing, há quem associe imediatamente ao escritor francês do século XVIII, o marquês de Sade. Famoso pelos contos eróticos e libertinos que escreveu e pelo sadismo, ficou conhecido também como o marquês do erotismo. Mas para o historiador Fábio Maza, estudioso da literatura moderna e contemporânea e especialista nas obras de Sade, não há relação alguma.

“Do ponto de vista casal fixo, não vejo relação. Em Sade não existe relacionamento marido/mulher e o swing não existe nas obras dele. A associação que pode se fazer é pelo fato de o swing ser algo secreto e planejado”. Ele falou que o escritor libertino narra em seus contos orgias praticadas em sociedades secretas de forma bem ordenada e planejada, a fim de possibilitar uma maior fluidez dos instintos sexuais e, portando, do prazer. No swing, os encontros também são planejados e de forma bem oculta para que seus adeptos não se mostrem à sociedade.

Para ele, os swings de hoje não são novidade, pois já existiam em épocas distantes. “São fantasias sexuais que já existiam no passado, o marquês de Sade é um exemplo, que era uma experiência muito além da ménage e da troca de casais, mas que já existia e refletia, na época de Sade, práticas que já existiam na sociedade francesa e na inglesa”, falou.

A psicóloga Nairete Correia tem especialização em sexologia e disse que o swing não chega a ser uma perversão simplesmente porque é uma escolha. “A pessoa decide que quer ter uma prática sexual livre, aberta, onde pode compartilhar o par com outras pessoas”, disse. Ela comentou que esses casais não encaram o assunto como traição, porque o sexo é feito com a permissão de ambos.

A sexóloga entende que o que motiva os casais a buscarem essa experiência é a busca pela realização. “São pessoas que não se sentem muito realizadas com seu par, então elas buscam fantasias para complementar a sua prática sexual com desejos mais extravagantes. É a coisa do risco, de quebrar regras e correr atrás do proibido”, complementou.

Ela destacou, no entanto, que esse desejo faz parte apenas de um grupo de pessoas, aquelas mais instintivas, mais agressivas em termos de energia de punção sexual. “Todos nós temos um instinto que é inato, não tem limite. Agora, quanto mais a gente se torna culto, menos instintivo a gente é”, falou.

226 comentários:

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Anônimo disse...

Add 996012085, somos casal

Anônimo disse...

Somos casal ele 47 ela 37 já um certo tempo tempo no meio liberal, interessados entre em contato. 996012085 zap

Unknown disse...

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Unknown disse...

Oi nos chama no zap 79996267658

Alves disse...

Se alguem conheçe algum local em Sergipe apropriado para swing, me informe.
Façam contato para troca de conhecimentos e experiências a respeito desse assunto.

Unknown disse...

79996360821ligue

Unknown disse...

Ligi 999166494

Anônimo disse...

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Unknown disse...

79996761450 me coloca no grupo

Unknown disse...

Boa noite mim procuro

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Unknown disse...

Só marcar e estaremos lá

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Unknown disse...

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Anônimo disse...

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Unknown disse...

Mande o zap

Paulo do sul disse...

Só hétero casais acima de 50 me procurem

Paulo do sul disse...

Sou hetero procuro casais acima dos 50 (79)⁹633_6827

Paulo do sul disse...

Boa noite procuro casais acima de 55 anos saio só 79.99633-6827 Aracaju

Anônimo disse...

Somos um casal de própria 33 e 25.e queremos conhecer casal somos iniciante qualquer coisa PV ZAP 999523956

Anônimo disse...

999523956.estamos afim de fazer troca de casal pela primeira vez somos um casal homem e mulher.23 e 34 anos nosso zap

Anônimo disse...

Oi

Anônimo disse...

Bom dia

Anônimo disse...

Olá

Anônimo disse...

Boa pv

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